quinta-feira, 15 de maio de 2014

O Blockbusters está presente na revista PARQ

No número 42 da revista PARQ pode-se ler uma crítica ao filme "Grand Budapest Hotel" na página 14.

A revista vai estar em breve disponível no formato físico, mas podem ver esta edição online através do seguinte link: http://issuu.com/parqmagazine/docs/parq42/1?e=1139462/7759468


sexta-feira, 2 de maio de 2014

Filmes por Capítulos


Não sei se já alguma vez pensaram nisto, mas existem por vezes certos filmes que, por razões diversas, se encontram divididos por capítulos, e não falo exclusivamente a nível narrativo, mas sim no próprio filme.

O que me levou a falar sobre este tema (o qual não tem muito interesse à partida) foi a visualização na mesma altura de filmes contemporâneos entre si, estreados em 2014, Grand Budapest Hotel de Wes Anderson e Ninfomaníaca Vol I e II de Lars Von Trier. Ambos estes filmes são pautados por divisões marcadas no ecrã que dão um título e número a cada um dos capítulos narrativos do filme, prevendo em parte o que vai acontecer a seguir, ou por outro lado baralhando o espectador, tendo por vezes características visuais próprias, destinguindo-se dos outros capítulos até nesse sentido.
Mas quem pensa que estes são apenas dois exemplos raros de filmes tratados desta forma, engana-se.

Ao longo dos anos são até muitos os casos de filmes que se apresentam assim, temos por exemplo Sacanas Sem Lei (Inglorious Basterds), Os Irmãos Bloom (The Brothers Bloom), Destino de Sangue (Valhalla Rising), Kill Bill Vol I e II, entre muitos outros. Se virmos bem, até podem superar as estreias anuais de filmes do género musical, que tão pouco tem sido representado no cinema. Será que podemos estar perante um 'novo' género de filmes por capítulos?

Uma curiosidade neste assunto revela-se também como a autoria destes filmes, que provém na sua maioria de realizadores designados muitas das vezes como autores, ou os próprios filmes serem apelidados de 'filmes de culto'.
Ora vejamos. Temos nos exemplos já aqui mencionados realizadores como Lars von Trier, Wes Anderson, Nicolas Winding Refn ou Quentin Tarantino, que têm deixado nos últimos anos trabalhos cinematográficos com uma marca própria, com a sua marca, e que variam bastante na linguagem e temáticas abordadas, contudo, mantem-se como 'elo de ligação' a existência da divisão por capítulos nas suas obras, e por vezes essa forma repete-se em variados filmes (por exemplo Tarantino com Kill Bill, Sacanas Sem Lei, entre outros; ou Lars von Trier com Dogville, Anticristo e também Ninfomaníaca).

Será esta uma tendência que poderá alastrar-se a outros realizadores? Trata-se de uma forma de diferenciamento por parte dos cineastas em relação a todos os outros filmes? É apenas uma tara qualquer?
Bem, penso que a resposta a estas questões é inexistente e que cabe a cada um pensar por si em relação a esta temática. Outros realizadores consagrados como Stanley Kubrick ou Paul Thomas Anderson já utilizaram este estilo.

Será uma marca 'obrigatória' para quem quiser tornar-se num grande realizador?
Chega de perguntas. Uma coisa é certa: filmes divididos por capítulos fazem parte do cinema e na sua maioria são bons filmes (na minha opinião claro). Vou entretanto pedir ao IMDB para adicionar um filtro na sua pesquisa avançada de filmes, Chapter Movies.